Deixar-te ir? Não mesmo!

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Deixar-te ir? Como é que poderias viver sem as perguntas absurdas que te faço e sem os meus esgares de incredulidade quando me largas um elogio do nada? Não terias como, mesmo que o tentasses e se o fizesses os teus dias ficariam cinzentos. Adoro as tuas gargalhadas quando abro os olhos de espanto perante a tua capacidade de dizeres o que sentes e pensas.

- Mulher tu és boa, fico louco só de te imaginar.

Por norma este tipo de saída faria com que a minha boca se abrisse de espanto, a mesma que tu fecharias com um beijo quente, seguido de um - pareces uma menina às vezes. Fazes-me sentir que não sei nada e que lido mal com o meu lado de mulher demasiado sensual para o meu gosto, com uma pele que te enlouquece e te cola a mim como uma lapa.

- Do que tens medo afinal? Que fique louco de tanto de desejar? JÁ ESTOU! Não tenho como me comportar de forma normal porque não o és, ainda não percebeste?

Não dão por aí workshops do género, "Aceite-se como é" - Não? É que eu preciso de parar de tentar ficar invisível, até porque contigo nem sequer resulta. Quando não me podes olhar, mexes-me, passas-me as mãos suaves e determinadas até que não me consiga controlar mais.

- Caramba, pára de te sentires mal contigo, és fantástica, atreve-te, vais ver que te libertas e depois, ui, já te estou a imaginar solta, mulher e cheia de desejo de mim.

- PAROU. Sossega, CREDO!

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