Corpos, desejos...







Corpos que possam encaixar-se, falar a mesma língua, passar o mesmo calor, tocando-se da forma que arrepie o outro e o liberte!


Quando se encontra um toque que nos permite parar de pensar e apenas sentir, bem dentro, até o nosso calor nos consome e nos faz precisar de sermos tomadas, amadas de forma violenta e intensa. Não nos conseguirmos refrear e gritarmos de um prazer que adivinhamos.

Quando nos falamos e de cada vez que o fazemos, a pele não consegue parar de se arrepiar e de antecipar o que o outro trará, assim que nos olhe. Entregarmo-nos, sem mentiras, sabendo que só poderá ser bom, porque já o sentimos de cada vez que fechámos os olhos. Sorrimos sem dizer mais nada, dando, tudo, para poder receber, tudo.

Se o meu corpo te consegue continuar a sentir.Se o teu cheiro se impregnou para não mais sair. Se cada dor que me passaste se transformou num prazer que não conhecia, então quero mais, preciso de mais e vou ter mais. Já ninguém se atravessa ou me cruza o pensamento, és sempre e só tu.

Estou de braços abertos, mas tão abertos que sinto cada músculo. Os olhos estão fechados, a minha boca entre aberta. O coração a bater descompassado, mas firme em cada desejo e sensação. As ancas movem-se, ritmadas, numa canção imaginária. Estou a morder-me agora e juro que te estou a sentir. A respiração aumentou, oiço-me e sinto-me. Fecha também tu os olhos e recebe o prazer que não me deixa parar. Anda, saboreia cada pedaço, enche-te de mim e sê meu, agora...

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