Correntes e grilhetas!





Porque raio poderá alguém querer que se lhe prendam ao chão com correntes e grilhetas, a qualquer dos "lugares" de onde muito dificilmente conseguirá sair e voltar a ser livre?

Quero ser a que está aqui para perceber de que forma faço as coisas, sabendo-me, procurando o que preciso de encontrar e não me misturando num outro para que me suma. Até que sou fácil, mas também me torno tão difícil que os mares mais suaves ficarão agitados, de ondulações bem altas, se tentarem que mostre o que não tenho. Que fale do que não sei. Que suba para de onde não poderei descer, olhando de cima para baixo. Todos parecem querer que seja o que não sou, que finja, ou pelo menos que aprenda a fazê-lo, mas recuso-me a dias sem cor, a citrinos sem sal, a abdicar dos sabores agridoce, alguns que até me poderão arrepiar, mas que me compõem, que unem cada ponto para construir a minha imagem, a real e a que poucos terão o privilégio de conhecer.

Pareço estar a querer-me colocar lá em cima. A ser bem mais do que muitos. Se é essa a impressão que estou a dar. Se é essa a mensagem que estou a passar em rodapé, lamento, mas é a real, porque a verdade é que sou melhor que muita gente. Sei-o. Já o senti e amiúdes vezes constato que ainda existem muitas almas que nem ao diabo servem.

Não vivo com correntes ou grilhetas. Sou a minha primeira escolha e sei o que preciso para não depender de ninguém. Ao contrário do que alguns dizem, amar não significa estarmos amarrados. Amar, é termos a capacidade de manter outro ser para além do que já somos. Amar é acrescentarmo-nos. Amar é sabermos que teremos mais. Aprenderemos mais e seremos capazes de evoluir mais, porque a energia que nos injectam tem uma voltagem inacreditável.

Não estou presa a nada nem a ninguém e é por isso que preciso que te libertes das TUAS correntes e grilhetas e venhas até a mim. Continuo livre e à tua espera!

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