E se não recuperamos?

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E se não recuperamos? Há quem tenha medo de "morrer" quando morre o amor. Tudo porque

dói, muito. Porque nos rasga por dentro e faz-nos duvidar até de que existimos, mas eventualmente passa, ou não, porque já vi quem se recuse a sair do marasmo. Quem escolha amar mesmo não sendo amado de volta. Quem não queira ver o óbvio e simplesmente vegete e deambule pelo mundo, perdendo a oportunidade de encontrar a pessoa certa. Olhem que é mais comum do que parece e até eu já estive numa dessas posições. A falta física. O olhar que se perde, depois das palavras que já não se repetem. Tudo é doloroso e difícil de aceitar, mas quando se entende e aceita (nem que seja à martelada) instala-se um enorme alívio.

- E se ficar assim, magoada para sempre, sem me perdoar?
- Não ficas minha querida amiga, dá-te tempo, o mesmo que não cura nada, mas que atenua tudo, o bastante para que passemos a relativizar, a chegar até onde a dor e a mágoa não permitiam.

Na verdade se andássemos todos a fugir de sermos magoados, não teríamos forma de simplesmente viver e de experimentar as emoções que apenas nos chegam quando amamos. Se depois de tudo chegarem as desilusões, temos que as ir gerindo, nada a fazer. Eu não desisto, não me acobardo. Quero encontrar quem mereço, quero ser a pessoa que alguém deseja, quero ter TUDO, mesmo que por breves momentos, porque o nada e o pouco não me bastam.

Mesmo que precises de te deitar um tempo, fugindo da vida e do mundo, é bom que saibas que te é permitido. Mas não prolongues, um dia a mais que seja, para além do que precisas, porque tudo o resto continuará a correr. Não queiras ficar para trás, até porque e em breve estarás de volta ao lugar de onde partiste. Acredita em mim!

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