Aligeirar!




Aligeirar. Apenas assim tudo fica tudo mais leve e natural. Quando me solto. Quando me recuso a carregar os pesos que não acrescentei. Quando vivo comigo e por mim em primeiro lugar.


Hoje o dia está a deixar-me com a sensação de que tudo ficará nos seus devidos lugares, se eu não remar contra, se eu entender e aceitar que a água correrá para o lugar certo, mesmo que eu me oponha e espere o contrário. Não sou complicada. Não gosto de obstáculos que não se transpõem. Não preciso que me façam aparecer mais degraus do que os que consigo subir. Se já vislumbrei o caminho, para quê aumentá-lo, ensombrá-lo e deixá-lo no desconhecido? Porque deverei ou necessitarei de complicar o fácil e de recusar o óbvio?

Se me voltarem a oferecer uma caixa fechada, mesmo que traga chaves, irei recusá-la. Agora quero apenas o que estiver visível, não o caminho todo, mas o que me levará lá, bem mais perto do que espero reconhecer, porque apenas esse me serve e faz sentido.

Aligeirar. Ficar mais solta. Quero experimentar o antes, o que estava quando me vi aqui. Quero-me de volta, eu mesma, com tudo o que já carrego mas que não me pesa, apenas me soma. Quero sentir a minha atitude, segurança, calma revolta, ansiedade apenas em conseguir o que busco, sem permitir que me interrompam. Quero ser eu a poder decidir.

Quero continuar a ser capaz de aligeirar até o mais complicado, porque eu sou a fazedora, a que não se demove perante o que determinou. Tudo o que é meu e decidido por mim, resulta!

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