Fingir ou ficar sozinha?

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Fingir ou ficar sozinha? Estava a ouvir esta pergunta no seguimento da apresentação de um livro da blogger "A Pipoca Mais Doce" e consegui passar-me a sensação de desconforto que já experimentei antes!


Fingir é que NÃO mesmo. Quando já nada mais nos segura numa relação. Quando o amor se esfuma e os dias se arrastam, ficar sozinha é a opção. Pode ser assustador, porque o é mesmo e eu atesto, mas no final, quando já soubermos como se caminha sem o outro, quando entendermos que conseguimos sobreviver e que mudar lâmpadas até não tem grande ciência, conseguimos, nem que seja à martelada. Não fomos feitos para viver sozinhos, porque somos seres sociáveis, mas há que estabelecer prioridades e perceber que o que não nos faz bem, tal como as comidas de plástico, deverá ser posto de lado e substituído pelo que for mais saudável.

Sabem o que não tem realmente preço? A paz, a interior, a que se apodera de nós e do nosso lar quando não temos dias cheios de dores de alma. Quando paramos de culpar o outro ou a nós mesmos. Quando nos permitimos estar errados e fazer o que não é politicamente correcto, mas que o decidimos nós e voltamos à individualidade, ao "um"  e restauramos o que sobrou para podermos continuar.

Fingir pode matar-nos por dentro, deixar-nos mutilados e transformar-nos em seres insensíveis, frios e amargos. Já lá estive e não gostei NADA.

Sozinha já sei quem sou e como me consigo reconstruir. Sozinha protejo-me melhor, porque conto apenas comigo. Sozinha sou outra vez a mulher que perdi algures, quando decidi juntar corpo e coração, mas não bastou. Sozinha vou ser capaz de perceber quando é que quero deixar de estar! 

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