De cá para lá...

He saw it. He saw the light beyond the metal of his cage. But no matter how hard he tried, he couldn't reach it.:


Até o amor tem que acontecer assim, em duas frentes, levando e trazendo, dando e recebendo. De cá para lá, sempre, de contrário estaremos apenas a carregar o outro aos ombros!


Ainda ouvimos, com demasiada frequência, que o amor é só lamechices. Pois claro que sim e é por isso que metade do mundo anda a antidepressivos. Parem lá de vez de diminuir o sentimento mais importante que possuímos, nós os que têm realmente coração e alma, os outros, assim-como-assim, já sabem o sabor do NADA e convivem muito bem com ele. Ainda ouvimos os que dizem não valer a pena e vemo-los correr o mais rápido que podem, nem eles sabem muito bem para onde. Fugir até que podem, mas não para sempre e certamente que não de todos. Se o fizerem, o tal do amor virá cobrar-lhes a factura quando já não tiverem ninguém para amar. UI, então é que deve doer mesmo!

Quando amamos não controlamos o que sentimos e desejamos. Olha que chatice e para que precisamos de nos controlar se do lado de lá estiver quem nos encha e preencha? Não há pachorra para tanta pequenez.

Ora então lamechices. Bem, se o futebol vos basta e enche os dias. Se ir ao cabeleireiro com as amigas vos faz esquecer tudo o resto, mesmo que apenas dure uma hora. Se passar o domingo, todos os domingos às compras aos hipermercados para repetir movimentos vos basta, quem sou eu...

Eu não troco o passear de mãos dadas com sorrisos cúmplices, por dias em frente a programas rasca de televisão. Não troco as palavras de carinho que apenas consigo trocar com quem as entende, por horas de conversas chochas e vazias. Eu não escolho o morno, porque o quente é bem mais aconchegante. Eu não espreito quando posso ver mesmo.

De cá, para lá andam todos os que se importam. Esses sabem que precisam de ir semeando, de contrário nunca terão forma de colher. Esses sabem que a idade virá, e com ela, as dores que se instalarão e até o tal do amor enregelará, amargando as vozes e transformando o que era natural e espontâneo, em fel e lágrimas secas. Quem é que depois atura tanto mal-amado?

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