O que fazemos?

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O que fazemos e de que forma podemos sentir, quando os segredos nos envolvem numa nuvem difusa? Como se sobrevive a cortes profundos no amor que acreditámos ter recebido? O que podemos deixar ir sem que também nós, ou parte do que somos vá, sem voltar? Será que estarmos prontos e capazes de recomeçar, sem passados e sem os medos que nos impediram de seguir poderá ser uma realidade?


Muitas vezes são os sonhos que nos alimentam a realidade dura e crua. São os sonhos que nos impedem de não querer acordar. São os sonhos que nos confirmam, uma e outra vez, sobretudo quando sonhamos acordados, que o queremos é possível e não deixam que o frio se entranhe e que nos tornemos mais velhos mais cedo.

O que fazemos quando, nada, pode ser feito? Aceitamos. Olhamo-nos e seguimos, sem o olhar que nos fazia voltar a cabeça que agora está direita, quieta. O que fazemos quando as mãos ficam vazias, do que tínhamos e do que nos queriam dar? O que fazemos, para não querermos desistir, porque apenas os fracos recuam e o que fazemos para não encabeçarmos a lista dos declaradamente fracos?

Estar a uma distância segura. Rir das anedotas que não têm piada. Ter a paciência que o tempo nos obriga a aceitar. Segurar as palavras, porque elas têm poder e podem magoar. Sermos, sem acabar a ser coisa alguma, porque já nem sabemos o que significa. Dobrarmos os cuidados engolindo o orgulho, estúpido e desmedido, porque até esse se esvai e deixa de servir. Procurarmos a saída porque ela existe, estamos apenas distraídos.

O que fazemos quando já nem sabemos o que fazer?

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