Maturidade procura-se!

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Ter maturidade. Tal como muitas outras características inatas, ou se consegue, ou jamais se chegará lá, quando muito, chega-se tarde demais! A maturidade não vem apenas com a idade, vem com a capacidade de nos vermos e conhecermos realmente. Existirão muito bons mortais, por este mundo fora, que jamais entenderão o que isso significa. Alguns até acharão que se fala de uma palavra abstracta, algo que deverá ser legendado para que se perceba o enredo.

Onde andam os alegados homens maduros? O que será preciso fazer para que saibam mais do que aquilo que vêem na televisão (com legendas). Para que consigam pensar sem paralisar quaisquer dos músculos faciais e para que se mantenham inteiros se tiverem que juntar umas quantas palavras com sentido? Vá lá, não pode ser assim tão difícil, afinal estamos a falar da conservação da espécie, não nos deixem voltar ao Adão e Eva, porque depois já não haverá dentadas na maçã, desta vez acredito que alguém iria ter que a engolir inteira.

E já agora, para que a culpa não morra solteira, onde andam as mulheres maduras? O que é feito das que sabem, exactamente o que querem e como se devem comportar nas escolhas, decidindo quando parar ou prosseguir. Tanto que já deveríamos ter evoluído e sei que o conseguimos, porque eu faço-o diariamente, mas tanto que ainda recuamos a cada passada. É totalmente contra producente.

A maturidade, sobretudo emocional, dá uma trabalheira que até cansa as pedras da calçada, mas sem ela e sem todo o trabalho que envolve atingi-la, nada do que dizemos terá impacto positivo e tudo o que fazemos nunca será suficiente. Por isso ter maturidade é agora uma qualidade tão rara, quanto raras se tornaram algumas espécies. O problema agudiza-se e a possibilidade de chegarmos a quem a tem, uma verdadeira lotaria...

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