Avanços, recuos e ajustes...

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Nem sempre o que planeamos acontece como desejávamos. Por vezes sentimos que os recuos são inevitáveis e que os ajustes terão que acontecer, mais cedo ou mais tarde. Eles acontecem se formos capazes de nos direccionar, saindo do ponto em que nos fixámos, erradamente. Ir e vir, escolher e decidir, continuar e parar, ao mesmo tempo ou em tempos que se atropelam, percebendo que para sermos parte da vida de alguém, teremos que saber encaixar a nossa, primeiro, é uma aprendizagem.

Diz-se de forma comum que as bagagens estão a tornar-se cada dia mais pesadas. Alguns arrastam-nas e querem vê-las pousadas no chão seguro mais próximo, sentindo que alguém os ajuda pelo menos alguns metros. Já outros recusam transportar o que quer que seja, entendendo que lhes caberá, sozinhos, tirar o que estiver a mais.

Avanços, o desejo de que aconteçam começa por ser grande e cheio de esperança, mas rapidamente percebemos que não temos o poder todo e que sozinhos, mesmo que achemos que bastaremos, a realidade prova-se outra e bem diferente.

Estar em pé e permanecer assim, até quando cair seja inevitável, é cada dia mais difícil, forçando-nos a um equilíbrio que não temos, porque não sabemos tudo. Manter a vontade, intacta, sem o desgaste que nos desgastará, inevitavelmente, não cedendo e construindo a cumplicidade que nos segurará, um ao outro, torna-se uma tarefa demasiado penosa para muitos.

Ainda vou sendo surpreendida por casos bem-sucedidos, com gente que começou, caminhou, persistiu e venceu, mas que percebem não estar nada concluído e mantendo-se fiéis ao que os fez começar.

Que não se desista dos avanços e que os ajustes mais difíceis  não sirvam desculpa para os sucessivos recuos, os que sempre virão até que parar deixe de ser sequer pensado. Que se mantenham os sonhos, até quando dormir se torne tarefa de gigantes. Que o amor prevaleça e o amanhã seja o resultado de um hoje bem construído.

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